miércoles, 31 de agosto de 2011

Cientistas identificam genes da 'magreza'


A pesquisa demonstrou que pessoas com cópias excedentes de certos genes são mais propensas a serem magras demais.
PARIS - Cientistas descobriram a causa genética da magreza extrema, o que pode ativar, em crianças, a chamada síndrome da falha de desenvolvimento ("failure to thrive", em inglês), segundo um estudo que será publicado na edição desta quinta-feira da revista científica Nature.
A pesquisa demonstrou que pessoas com cópias excedentes de certos genes são mais propensas a serem magras demais. Segundo os cientistas, uma em cada duas mil pessoas tem parte do cromossomo duplicado, tornando homens 23 vezes e mulheres 5 vezes mais propensos a estarem seriamente abaixo do peso.
Normalmente, um indivíduo herda uma cópia de cada cromossomo do pai e da mãe, resultando em um par de cada gene.
Mas às vezes, seções de um cromossomo são copiadas ou apagadas, resultando em segmentos a mais ou a menos do código genético.
"Em muitos casos, as cópias e apagamentos não produzem qualquer efeito, mas ocasionalmente podem gerar doenças", explicou Philippe Froguel, professor da Escola de Saúde Pública do Imperial College, em Londres.
No estudo, Froguel e seus colegas examinaram o DNA de cerca de 95 mil pessoas, em busca de padrões vinculados à magreza extrema.
Eles descobriram que a duplicação de uma parte do cromossomo 16, contendo mais de duas dúzias de genes, é fortemente associada ao peso abaixo do normal, definido como índice de massa corporal (IMC) abaixo de 18,5.
A faixa de normalidade do IMC varia entre 18,5 e 25. Indivíduos com IMC entre 25 e 30 são considerados com "sobrepeso" e acima de 30, "obesos".
Metade de todas as crianças estudadas com este excedente genético foi diagnosticada com falha de desenvolvimento, o que significa que elas não ganharam peso em uma taxa normal à medida que cresceram.
Um quarto dos indivíduos com genes extra teve microcefalia, uma condição na qual a cabeça e o cérebro são anormalmente pequenos, e que é associada a deficiências neurológicas e a uma expectativa de vida mais curta.
No ano passado, a mesma equipe de cientistas descobriu que pessoas com a ausência de uma cópia destes genes eram 43 vezes mais propensas a serem obesas mórbidas.
"Uma razão (pela qual a nova descoberta) é importante é que ela demonstra que a falha de desenvolvimento na infância pode ter causas genéticas. Se uma criança não se alimenta, não necessariamente é por culpa dos pais", afirmou Froguel em um comunicado.
Em algumas crianças com o problema, especialmente meninos, indivíduos com quatro anos não pesavam mais do que uma criança normal de um ano e meio, declarou à AFP por telefone.
Froguel disse suspeitar que alguns pais e mães com filhos severamente abaixo do peso sejam acusados, erradamente, de negligência ou abuso quando, na verdade, a condição se deveu amplamente a uma falha genética.
Pesquisas anteriores já tinham identificado um grande número de falhas genéticas que levam à obesidade, mas esta foi a primeira a detectar uma causa genética para a magreza, afirmou.
"Também é o primeiro exemplo de efeitos colaterais do apagamento e da duplicação de uma parte do genoma", acrescentou Froguel.
"Até o momento, nós não sabemos nada sobre os genes nesta região. Se pudermos descobrir porque a duplicação genética nesta região causa magreza, isto pode gerar novos tratamentos possíveis para a obesidade e distúrbios do apetite", emendou.
O próximo passo, afirmou, é sequenciar os genes para descobrir quais estão envolvidos na regulação do apetite.
A parte do cromossomo 16 identificado no estudo contém 28 genes. As duplicações nesta região foram, anteriormente, associadas à esquizofrenia, e os apagamentos, ao autismo.

martes, 30 de agosto de 2011

Somos capazes de prever o futuro


Estudo sobre a capacidade do cérebro de fazer previsões em curto espaço de tempo pode ajudar no combate ao Alzheimer

Cientistas da Universidade de Washington divulgaram nesta semana os resultados de um estudo sobre a capacidade do cérebro de prever o futuro em um breve espaço de tempo. Essa área, que havia sido pouco explorada em pesquisas até agora, mostrou que nós temos capacidade de antecipar eventos antes deles acontecerem.
Editora Globo
Nosso cérebro tem grande capacidade de prever o futuro quando se apresentam situações cotidianas// Crédito: Jens Langner/Wikimedia
Jeffrey Zacks, professor de psicologia da Universidade de Washington e principal profissional à frente do estudo, garante: “Eu posso prever o futuro. E você também. E não se trata de uma percepção extra-sensorial. Trata-se apenas de usar as informações que estão na nossa frente para prever o que acontece o tempo todo. É tão natural que nem percebemos. Mas de tempos em tempos nós erramos, e nesse estudo descobrimos que errar é um elemento fundamental no nosso fluxo de consciência”.

Para fazer o teste, os pesquisadores juntaram voluntários para assistirem filmes de cenas cotidianas, como pessoas lavando o carro ou as roupas. A cena era parada no meio e os entrevistados tinham que prever o que aconteceria. E 90% deles acertaram. Agora, quando o filme apresentou uma cena completamente nova e diferente e as pessoas tiveram que prever o que aconteceria dali pra frente, a taxa de erro foi de 80%.

Os pesquisadores acompanharam a atividade cerebral das pessoas durante o teste por meio de ressonância magnética. Eles acreditam que as partes do cérebro envolvidas nas previsões, quando estão com um funcionamento não adequado, podem causar problemas na memória e no ato de entender as coisas que se passam ao redor. Por isso, Zacks e sua equipe acham que os resultados podem ajudar nas pesquisas sobre Alzheimer e outras doenças neurológicas.

Gripe, dengue e até aids: nova droga promete curar praticamente todas as infecções virais

Pesquisadores do MIT desenvolvem medicamento que age contra algo comum a todos os vírus que atacam células humanas: uma fita dupla de RNA. Embora promissora, a abordagem ainda passará por inúmeros testes
Tatiana Gerasimenko
Nova droga conseguiu curar ratos infectados com vírus H1N1
Nova droga conseguiu curar ratos infectados com vírus H1N1 (Thinkstock)
"Demonstramos que a DRACO pode curar ratos que receberam uma dose letal de influenza e agora estamos testando outras viroses com bons resultados. Ela também deve funcionar contra o HIV e o vírus da hepatite." — Todd Rider, pesquisador do MIT
Poucos medicamentos funcionam contra os vírus. Osantivirais têm uma ação mais limitada do que antibióticose antifúngicos e não agem sobre todos os tipos de infecções. Na maioria das vezes, limitam-se a impedir que os vírus consigam se reproduzir. Mas pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, acreditam ter dado um passo além: eles criaram uma droga, DRACO (sigla para Double-stranded RNA Activated Caspase Oligomerizers), capaz de identificar as células infectadas e matá-las, dando fim à infecção. A pesquisa, publicada no periódico científico especializado PLoS One, pode representar o fim de doenças como a gripe, dengue, hepatite C e até da aids.
Os pesquisadores testaram a droga em culturas de células de humanos e ratos infestadas por quinze tipos de viroses. A abordagem se mostrou eficaz em todos os casos — incluindo os altamente resistentes rinovírus (responsáveis por resfriados), influenza H1N1, vírus da pólio, vírus da dengue e outros tipos responsáveis por perigosas febres hemorrágicas. A equipe também conduziu testes com camundongos e obteve sucesso. 

Glossário


  1. Antibiótico - Antibióticos são medicamentos usados para tratar infecções causadas por bactérias e outros micro-organismos. Originalmente, foram desenvolvidos com base em substâncias produzidas por organismos vivos que conseguiam inibir o crescimento de outros organismos. Atualmente a sua produção é sintética, ou seja, produzida em laboratório para imitar a estrutura bioquímica de antibióticos naturais. Eles atuam corrompendo certas estruturas da bactéria (parede celular, membrana plasmática) ou interferindo em processos fundamentais para o seu funcionamento (produção de proteínas, reprodução) – sem, no entanto, afetar as células do corpo. Mutações no código genético de bactérias podem torná-las resistentes a essas drogas. 
  2. Antiviral - Vírus funcionam de forma muito diferente de outros organismos: para se reproduzirem, dependem do aparato de outros seres, pois são acelulares, constituídos basicamente por uma cápsula proteica e material genético. Parasitas obrigatórios, conseguem se reproduzir apenas invadindo e controlando os processos de uma célula hospedeira. Por essa razão, antivirais atuam sobre as estruturas celulares usadas pelo vírus para se replicar, matando a célula. 
  3. Apoptose – É conhecida como 'suicídio celular'. Ocorre de uma forma ordenada em todos os organismos para que a renovação celular ocorra, mas também como resposta a uma ameaça - seja uma infecção ou lesão do material genético. Para o corpo, é melhor que uma célula morra do que muitas células sejam corrompidas.
  4. Caspases – Proteínas responsáveis pelo processo de apoptose. Ficam dentro da célula de forma inativa e, ao se ligarem a determinadas enzimas, ativam outras caspases para bloquear mecanismos intracelulares fundamentais ao funcionamento da célula. Diante de uma ameaça, induzem a apoptose. 
  5. RNA – Molécula conhecida como ácido ribonucleico, que consiste em uma longa fita composta  por nucleotídeos. Está envolvida na transmissão do código genético, responsável pela produção de proteínas e manutenção de todos os processos do organismo. Em alguns seres, o DNA (ácido desoxirribonucleico) produz o RNA, que, por sua vez, faz a proteína. Mas muitos vírus, como o influenza e o vírus da hepatite C, são formados apenas por RNA.
  6. dsRNA – Longa fita dupla de RNA, parecido com o DNA. Forma o material genético de alguns vírus, ocupando o lugar do RNA fita simples. Se o vírus já não for formado por esse tipo de material, o dsRNA será feito com ajuda da célula hospedeira. 
"Para os primeiros ensaios com animais, desejávamos escolher um vírus comum em humanos que seria letal em camundongos, por isso usamos o influenza H1N1", explica o cientista Todd Rider, do Laboratório Lincoln, do MIT, responsável pelo trabalho. "Demonstramos que a DRACO pode curar ratos que receberam uma dose letal de influenza e agora estamos testando outras viroses com bons resultados. A DRACO deve também funcionar contra o HIV e o vírus da hepatite, mas estamos fazendo mais testes para demonstrar isso."
Resistência — Antibióticos agem interferindo em processos que impedem as bactérias de se reproduzirem, mas não matam as células humanas. Em infecções virais, no entanto, essa tarefa é muito difícil: vírus se multiplicam injetando seu material genético dentro das células hospedeiras. A única forma de lutar contra eles é impedir a ação de algumas proteínas que estimulam o processo, na maioria das vezes causando a morte da célula infectada. Nem sempre, no entanto, drogas conseguem 'localizar' as células com material genético viral antes que a infecção se espalhe. Além disso, vírus podem sofrer mutações com grande frequência, aumentando sua resistência aos medicamentos. 
"Há poucos medicamentos antivirais no momento, e os que existem geralmente se ligam a uma parte específica do vírus para bloqueá-lo", diz Rider. O pesquisador explica que, como esses medicamentos existentes são feitos 'sob medida', basta que o vírus sofra ligeiras mutações para se tornar resistente à droga.
Alvo — Para superar o problema, a equipe do MIT usou como alvo algo comum a todos os vírus que atacam células humanas: uma fita dupla de RNA (dsRNA — veja o glossário), constituído pelo material genético do agente infeccioso que será copiado em ambiente intracelular para a produção de um novo vírus. "A droga provoca a morte imediata de qualquer célula infectada que contenha o dsRNA viral, então deve ser bem mais difícil para o vírus ganhar resistência à droga", afirma Rider. 
Geralmente, algumas proteínas do corpo disparam mecanismos de alerta tão logo o processo de replicação viral seja identificado pelo organismo. Isso aciona o sistema imunológico. Contudo, nem sempre a resposta do corpo é ágil o suficiente para matar a célula infectada antes que novos vírus, replicados, infestem outras células. Para tornar o contra-ataque mais eficaz, os pesquisadores combinaram uma proteína que se liga ao dsRNA com outra proteína que induz rapidamente um processo conhecido comoapoptose, a autodestruição da célula. Resultado: o código genético viral não é passado adiante. "Isso evita que o vírus se espalhe, causando menos mortes celulares do que a infecção", diz Rider. (continue lendo a reportagem)

Veja como funciona o antiviral criado pela equipe do MIT:
Os experimentos realizados mostraram que a nova droga não é tóxica em onze diferentes tipos de células – incluindo células humanas do coração, rins, pulmão, fígado e coração e de ratos. Não encontrando infecção viral ao penetrar na célula do corpo, o medicamento não age. Entretanto, se encontrar o dsRNA do vírus, imediatamente leva ao "suicídio" da célula infectada. 
Embora promissora, a abordagem ainda passará por inúmeros testes. "São necessários muitos anos para a realização de ensaios animais antes que testes com humanos comecem. Continuamos os experimentos com ratos e esperamos licenciar esta tecnologia com companhias farmacêuticas que possam conduzir ensaios com animais maiores, incluindo macacos. Se a droga for segura e eficaz em todos os animais dos ensaios, empresas farmacêuticas conduzirão testes clínicos com pessoas." 
Ricardo Diaz, professor associado do Departamento de Infectologia da Escola Paulista de Medicina, é cauteloso ao avaliar a extensão das aplicações da nova droga. "O que esse novo trabalho fez foi desenvolver uma estratégia que detecta e ao mesmo tempo ativa a caspase – que é a enzima responsável por acionar o mecanismo de apoptose, e isso é genial", diz ele. "Mas em alguns casos, essa abordagem pode ser um pouco mais complicada: por exemplo, muitas células infectadas pelo HIV (vírus da aids) entram em latência, e isso impediria a detecção do vírus por esta estratégia."

Entrevista

Todd Rider, pesquisador do MIT
Em entrevista do site de VEJA, Rider explica como funciona a nova droga:

Como a DRACO funciona? A DRACO penetra nas células do corpo. Se não encontra nenhuma infecção viral, não faz nada. Contudo, se encontra dsRNA viral, imediatamente faz com que a célula infectada cometa 'suicídio'. 
Por que usaram o vírus influenza nas experiências? Demonstramos que a DRACO funciona contra todas as quinze viroses testadas em células humanas e animais, incluindo todas provenientes do vírus da gripe comum (rinovírus) e o vírus da dengue hemorrágica. Para os primeiros ensaios com animais, desejávamos escolher um vírus comum em humanos que seria letal em ratos, por isso usamos o influenza H1N1 e demonstramos que a DRACO pode curar ratos que tinham recebido uma dose letal de influenza. Agora estamos testando outras viroses em ratos e tendo bons resultados também.
Esse medicamento tem o potencial de combater qualquer tipo de vírus, incluindo o HIV e vírus da hepatite C? Em princípio, a DRACO deve funcionar contra todas as viroses, e de fato funcionou contra todas as quinze viroses testadas até agora. O medicamento deve também funcionar contra o HIV e o vírus da hepatite, mas estamos fazendo mais testes para demonstrar isso.
Todas as células infectadas por todos os tipos de viroses podem ser detectadas pela DRACO? Até onde eu sei, todas as viroses produzem RNA dupla fita (dsRNA) - e células humanas saudáveis não. A DRACO reconhece células que contenham o dsRNA viral e provoca a morte imediata essas células, pondo fim à infecção. Assim, deve ser eficaz contra todos os vírus. 
Os vírus poderiam se tornar resistentes ao medicamento no futuro? Há poucas drogas antivirais no momento, e as que existem geralmente se ligam a uma parte específica do vírus para bloqueá-lo. Porque essas drogas existentes são muito específicas, é fácil para o vírus sofrer mutações e mudar ligeiramente a forma de suas partes de forma que a droga não mais se ligue a eles, fazendo com que esses vírus se tornem resistentes. Já a DRACO provoca a morte imediata de qualquer célula infectada que contenha o dsRNA viral, então deve ser bem mais difícil para os vírus ganhar resistência à DRACO.
Este medicamento poderia ter um impacto negativo no corpo se muitas células estiverem infectadas? A maioria das viroses mata as células hospedeiras infectadas e vai para outra célula. A DRACO mata aquelas inicialmente infectadas para parar a infecção e evitar que o vírus se espalhe para outras células. Por isso deve causar menos morte celular do que a infecção viral. Em nossos experimentos, a DRACO se mostrou não tóxica em onze diferentes tipos de células (incluindo humanas, do coração, pulmão, fígado, rim e outras) e em ratos. 
Há planos de realizar testes com humanos? Muitos anos são necessários para a realização de ensaios animais antes que testes com humanos comecem. Continuamos os experimentos com ratos e esperamos licenciar esta tecnologia com companhias farmacêuticas que possam conduzir ensaios com animais maiores, incluindo macacos. Se a DRACO for segura e eficaz em todos os animais dos ensaios, empresas farmacêuticas conduzirão testes clínicos com pessoas.

miércoles, 24 de agosto de 2011

Inicio de un nuevo ensayo de una candidata a vacuna para TB en personas con VIH

Aeras, Fundación Mundial para una Vacuna de la Tuberculosis, y el Consorcio Oxford para la Tuberculosis Emergente (OETC en sus siglas en inglés) han anunciado hoy el inicio de un ensayo de Fase IIb para probar la eficacia de una nueva candidata a vacuna para la tuberculosis (TB). Se trata de la primera prueba de concepto de la MVA85A en personas con VIH y sus resultados ofrecerán información importante acerca de la seguridad, inmunogenicidad y eficacia de esta vacuna.

La tuberculosis es la principal causa de mortalidad en personas con VIH y la segunda causa de mortalidad por enfermedad infecciosa en todo el mundo: solo en 2009 murieron 1,7 millones de personas a causa de la TB, de las cuales 380.000 eran VIH positivas. Un tercio de la población mundial vive con el bacilo que causa la TB.

El ensayo contará con la participación de 1.400 personas con VIH de edades comprendidas entre 18 y 50 años. El Consejo de Investigación del Reino Unido en Gambia, Aeras y la Universidad de Oxford liderarán este ensayo, conducido en dos centros de la Universidad de Cape (UCT) del Instituto de Enfermedades Infecciosas y Medicina Molecular, en Khayelitsha, Sudáfrica, y del Laboratorio de bacteriología-virología del Centro Hospitalario Universitario Aristide Le Dantec, en Dakar, Senegal.

El ensayo está promovido por Aeras y recibe una parte importante de financiación de la EDCTP, organismo europeo que apoya iniciativas multicéntricas que combinan ensayos clínicos, desarrollo de capacidades y creación de redes.

Una vacuna para un futuro sin tuberculosis
El Presidente y Director Ejecutivo de Aeras, Jim Conolly, destaca que “una nueva y más efectiva vacuna para la TB cambiaría el rumbo de los esfuerzos internacionales para eliminar la TB en todo el mundo para 2050” y añade que “los estudios previos han mostrado que esta nueva prometedora vacuna tiene un perfil de seguridad aceptable y estimula una respuesta inmunológica fuerte en personas con VIH”.

Por su parte, Michael Cashman, miembro del Parlamento Europeo, afirma que “los ensayos clínicos de nuevas vacunas para la tuberculosis deben ser una prioridad urgente en nuestra agenda, dado que hay demasiadas pérdidas de vidas humanas como consecuencia de la TB” y aplaude los esfuerzos en la respuesta de Estados miembros de la Unión Europea.

Los primeros resultados del ensayo empezarán a conocerse en los próximos años, por lo que es fundamental seguir apoyando la I+D en herramientas de salud seguras, eficaces y accesibles para combatir la TB. Solo así mejoraremos la respuesta de una enfermedad que se lleva tras de sí demasiadas vidas humanas.

martes, 23 de agosto de 2011

Descubren la causa la ELA



El físico británico Stephen Hawking es el más prominente paciente de esclerosis lateral amiotrófica.
Un equipo de investigadores estadounidenses probó por primera vez que la causa de la esclerosis lateral amiotrófica (ELA, en ingles) está en el colapso del sistema de reciclaje de células nerviosas.
Los investigadores de la Escuela de Medicina de la Universidad Noroccidental (Illinois, EE.UU.) identificaron la falla en la proteína ubiquilin2como la responsable del colapso del sistema de reciclado de las células nerviosas.
Los expertos califican el hallazgo de muy importante ya que abre nuevas líneas de investigación en el tratamiento de las causas más comunes de las parálisis cerebrales.
La ELA afecta a unas 350.000 en el mundo, tanto niños como adultos, posiblemente el más conocido es el físico británico Stephen Hawking.
La mitad de los enfermos muere dentro de los tres años siguientes a su aparición.

"Una gran noticia"

El colapso del sistema de reciclado se da en las células nerviosas de la espina dorsal y el cerebro.
De cara a funcionar adecuadamente, los bloques de proteínas requieren ser renovados. En quienes sufren de ELA, ese sistema está roto y las células no pueden repararse y el resultado son daños severos.
Los científicos descubrieron que la proteina ubiquilin2 es la responsible de dirigir el proceso y es la que no trabaja adecuadamente en los enfermos.

"Este descubrimiento ofrece a los investigadores una nueva vía para explorar en su búsqueda de un tratamiento efectivo"
Belinda Cupid, Asociación de Enfermedades Neuromotoras del Reino Unido
Así, las proteínas dañadas se acumulan en las células nerviosas de la espina dorsal y el cerebro provocando su degeneración.
Los investigadores de la Escuela de Medicina de la Universidad del Noroeste descubrieron que ese mismo fallo se repite en las tres formas de ELA: hereditario, esporádico y cerebral (demencia).
El responsable de la investigación, Teepu Siddique, dijo que el descubrimiento "abre un nuevo campo en la búsqueda de un tratamiento efectivo para la ELA".
"Ahora probaremos medicamentos que podrían servir para regular el camino que sigue esta proteína u optimizarla, para que funcione como debería".
En su equipo también creen que su investigación podría ser útil con otras enfermedades neurodegenerativas, como la demencia y el Parkinson.
La jefa de Investigación de la Asociación de Enfermedades Neuromotoras del Reino Unido, Belinda Cupid, calificó el hallazgo de "una gran noticia".
"Sabíamos desde hace tiempo que en las enfermedades neuromotoras, es el sistema de desechos y reciclado de las células nerviosas lo que aparece dañado, pero esta es la primera vez que hay una evidencia directa", comentó Cupid.
"Este descubrimiento ofrece a los investigadores una nueva vía para explorar en su búsqueda de un tratamiento efectivo".

lunes, 22 de agosto de 2011

Anuncian grandes avances en el desarrollo de vacunas contra el sida


sida1-W630
NUEVA YORK, 19 agosto 2011 (AFP) – Un equipo de investigadores de la Iniciativa Internacional por una Vacuna contra el SIDA (IAVI, por sus siglas en inglés), The Scripps Research Institute, la empresa biotecnológica Theraclone Sciences y Monogram Biosciences Inc., una empresa de LabCorp, dieron a conocer en el último número de la revista Nature que lograron aislar 17 nuevos anticuerpos capaces de neutralizar un amplio espectro de variantes del VIH, el virus causante del SIDA.
Los nuevos anticuerpos, grandes moléculas de proteínas que recubren al patógeno y lo señalan para su destrucción, fueron aislados a partir de muestras de suero hemático recogidas durante una búsqueda mundial de anticuerpos neutralizantes de amplio espectro (bNAb, por sus siglas en inglés) puesta en marcha por la IAVI. Este descubrimiento debería ofrecerles a los investigadores nuevos objetivos para diseñar candidatos a la vacuna para proteger a las personas del contagio del VIH. Algunos de los bNAb impidieron la infección de VIH en las células con una potencia de 10 a 100 veces superior a la de los bNAb descubiertos anteriormente.
“La eficacia de la mayoría de las vacunas antivirales depende de la estimulación de la respuesta del anticuerpo”, explicó Dennis Burton, profesor de inmunología y ciencia microbiana y director de Centro de Anticuerpos Neutralizantes de la IAVI en el instituto The Scripps Research Institute en La Jolla, California. El profesor Burton, uno de los autores ejecutivos del estudio, también es miembro del instituto Ragon Institute, en Cambridge, Massachusetts. “Dada la enorme variabilidad del VIH, lo más lógico es que una vacuna eficaz contra este virus deba generar anticuerpos neutralizantes de amplio espectro. Por eso creemos que estos nuevos anticuerpos serán muy valiosos en el campo de la investigación para una vacuna contra el SIDA”.
Solamente una minoría de personas que resultan VIH positivo comienzan a producir bNAb luego de varios años de infección. Los estudios realizados en animales sugieren que dichos anticuerpos podrían bloquear la infección del VIH si fueran estimulados por una vacuna preventiva. Los investigadores están muy interesados en los bNAb debido a que su análisis estructural y bioquímico puede revelar el camino para desarrollar una vacuna preventiva. Concretamente, los científicos consideran que se puede usar la información sobre cómo los bNAb recubren el VIH para construir inmunógenos (los ingredientes activos de las vacunas) que producen anticuerpos similares. La potencia de los bNAb es de suma importancia dado que un anticuerpo de gran potencia tiene la capacidad de conferir este tipo de protección a niveles relativamente bajos.
“Es posible que resolver el problema de los anticuerpos neutralizantes sea el desafío más importante que enfrente este campo en la actualidad”, señaló el director científico de IAVI, Wayne Koff. “IAVI llegó a la conclusión, hace muchos años, de que revelar la información que almacenan los bNAb iba a ser fundamental para cumplir nuestra misión: garantizar el diseño y desarrollo de vacunas de amplio espectro contra el SIDA. Por este motivo hemos respaldado la tarea de varios laboratorios en todo el mundo que están diseñando nuevos candidatos a la vacuna a partir del descubrimiento de nuevos datos sobre los anticuerpos. No hay duda de que estos nuevos bNAb contribuirán notablemente con nuestro diseño de inmunógenos, y esperamos que también ayuden a otros investigadores que trabajan para producir vacunas contra el SIDA”.
En ese sentido, el descubrimiento de los nuevos bNAb es alentador. Muchos de ellos se adjuntan a estructuras moleculares (o epítopos) hasta ahora desconocidas, en la superficie del VIH. Esto señala que podrían ampliarse notablemente las opciones de diseño para los investigadores que trabajan con el fin de producir anticuerpos similares.


Cómo se descubrieron los anticuerpos

Los 17 bNAbs que se describen en el informe actual de Nature se aislaron a partir de cuatro individuos HIV positivo. Este trabajo, patrocinado por la IAVI, se realizó a una escala sin precedentes, y se distingue por su énfasis en identificar anticuerpos que neutralicen los subtipos de VIH que circulan principalmente en los países en vías de desarrollo. Anteriormente se habían descubierto tres bNAb de gran potencia, dos de los cuales (PG9 y PG16) fueron aislados por este equipo de investigación en 2009 y descritos en la revista Science. Luego se aisló otro bNAb a partir de estas muestras analizadas por científicos del Centro de Investigación de Vacunas y los Institutos Nacionales de Salud, quienes también descubrieron un conjunto de bNAb a partir de muestras de sangre individuales con un método totalmente diferente.
Tanto los estudios anteriores como los actuales usaron la tecnología de alta sensibilidad I-STAR™ de Theraclone Science para aislar los anticuerpos. La nueva cosecha de bNAb, al igual que los PG9 y PG16, se produjo a partir de cultivos celulares derivados de células simples que producen anticuerpos B empleadas para descubrir y desarrollar anticuerpos. Al respecto, el presidente ejecutivo y director general interino de Theraclone Sciences Executive, Steven Gillis comentó: “Estamos encantados de que I-STAR tuviera un papel decisivo a la hora de identificar los bNAb que contribuirán a desarrollar una vacuna contra el SIDA. En este proyecto, la plataforma I-STAR sigue demostrando una capacidad notablemente poderosa para aislar anticuerpos raros con propiedades únicas. Theraclone valora estas oportunidades de colaborar en las cuales se puede I-STAR se puede usar para mejorar el tratamiento de enfermedades graves”.

Monogram Biosciences, quien también participó en el descubrimiento de los anticuerpos PG9 y PG16, llevó a cabo los ensayos de neutralización esenciales para aislar los nuevos bNAb. Las muestras de suero a partir de las cuales se aislaron representan el 1% de las muestras de mayor calidad recogidas por la IAVI y sus socios, en términos de la cantidad de variantes del VIH que son capaces de neutralizar y la potencia con que lo logran.
“Monogram ha formado un equipo de científicos altamente calificados para superar diversos desafíos biomédicos”, señaló Chris Petropoulos, vicepresidente de Laboratory Corporation of America Holdings, división investigación y desarrollo de Monogram Biosciences. “Su experiencia y capacidad de innovación resultaron valiosísimas para descubrir estos nuevos anticuerpos. Esta investigación muestra la importancia de la función que cumplen los diferentes sectores de la comunidad de investigación y atención médica a la hora de apoyar iniciativas mundiales”.
El análisis de los nuevos anticuerpos también sugiere cómo se deberían formular las futuras vacunas para lograr el mayor grado de eficacia. Según los análisis realizados, los autores del informe llegaron a la conclusión de que los candidatos a la vacuna contra el SIDA que se propongan lograr una respuesta eficaz de los anticuerpos deberían tratar de producir ciertas combinaciones de bNAb con el fin de brindar una protección contra el VIH que sea realmente integral.