Subiu para 1.250 o número de mortes causadas pela epidemia de cólera que atinge o Haiti. Segundo o último relatório, divulgado pelas autoridades na noite de domingo, 52.725 pessoas foram atendidas em centros médicos com sintomas da doença.
Foto: AP
Paciente descansa em ginásio convertido em centro de tratamento em Cap Haitian, no Haiti
Na quinta-feira, haitianos revoltados contra a epidemia de cólera ignoraram os pedidos de funcionários de saúde de que a violência está interrompendo os esforços de tratamento, com as autoridades temendo que mais tumultos aconteçam nesta sexta-feira na capital do país, Porto Príncipe.
A violência se espalhou para a capital pela primeira vez na quinta-feira, três dias depois de acontecerem manifestações no norte do país. Os manifestantes arremessaram pedras contra as tropas de paz da ONU, responsabilizadas por alguns grupos pela epidemia de cólera que atinge o Haiti, atacaram carros de estrangeiros, bloquearam ruas com pneus em chamas e derrubaram postes de luz. A polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que montaram barricadas.
Os tumultos pela epidemia da doença que deixou mais de 1 mil mortos acontecem mais de uma semana antes de eleições nacionais programadas para 28 de novembro.
República Dominicana
Além dos infectados no Haiti, a doença já contaminou três na vizinha República Dominicana. Nesta sexta-feira, autoridades confirmaram que uma avó e sua neta de três meses, ambas dominicanas, contraíram a doença.
Com a confirmação dos três casos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que a epidemia de cólera do Haiti inevitavelmente chegará à República Dominicana, mas deverá ter consequências menos graves.
Muitos haitianos trabalham na República Dominicana e, como as infecções por cólera com frequência não produzem sintomas, a doença pode atravessar facilmente a fronteira, disse em comunicado Gregory Hartl, o porta-voz da OMS.
"É completamente esperado que haja casos na República Dominicana. Estamos observando os primeiros sinais desses casos e trabalhamos com o governo da República Dominicana para preparar o país", afirmou Hartl. Ele estimou o número de infecções "ainda na casa de um dígito, provavelmente".
Com BBC, EFE e AFP
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