Injetar genes no cérebro pode ser a solução contra depressão

Novo tratamento já cura doença psiquiátrica em ratos, segundo pesquisadores

por New Scientist

Remédios e terapias contra depressão poderão ser coisa do passado. Uma nova pesquisa sugere que a falta de um gene pode ser a causa responsável pelo distúrbio. Então, segundo os cientistas do Weill Cornell Medical College, bastaria injetar esse gene para que a pessoa não desenvolvesse a depressão. Este é o primeiro estudo que usa de forma efiicente a terapia genética para o tratamento de uma doença psiquiátrica. 

O gene chamado p11 é vital para que os neurônios tenham uma resposta à serotonina e sua deficiência está relacionada a transtornos de humor e afetivos. Muitos estudos já demonstraram uma relação direta entre a ausência do p11 e a depressão humana.

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Para testar a terapia genética contra a doença, os pesquisadores demonstraram que ratos sem o p11 demonstraram sintomas depressivos. Eles não respondiam a desafios com a mesma vitalidade de ratos saudáveis e demonstraram menos esforço quando tiveram que nadar para chegar até uma ilha.

Depois os animais tiveram um vírus contendo p11 injetados diretamente em seu núcleo accumbens – uma região do cérebro ligada ao prazer, onde a falta do gene se manifesta como depressão em humanos. Os pesquisadores descobriram que o tratamento reverteu a depressão nos ratos.

Embora, a ideia de fazer o mesmo em humanos seja drástica demais, Michael Kaplitt, líder da pesquisa, comenta que um procedimento similar já é usado para a aplicação de genes no cérebro de pessoas que sofrem do Mal de Parkinson. "Nós já estamos fazendo estudos com primatas para dar sustentação a um possível teste com humanos, estamos avançando rapidamente", disse.