Médico de 81 anos já realizou mais de 20 mil partos no sertão
Doutor Ezequiel fez nascer praticamente uma cidade inteira de Pernambuco e ainda continua na ativa.
Conheça agora o Doutor Ezequiel. Ele é um senhor recordista.
Nasce mais uma criança no sertão de Pernambuco. Uma rotina na vida do doutor Ezequiel Braz Macedo. "Me sinto feliz por estar fazendo alguém feliz”, diz ele.
O “pai herói”, como é conhecido, chegou ao sertão como médico recém-formado há 51 anos. Um médico no local era a maior novidade. Mesmo com muitas dificuldades ele fincou raízes no solo rochoso da terra sertaneja.
Os moradores da cidade de Pedra dizem que uma pedra gigante, com 3.800 metros de diâmetro e mais de 100 metros de altura, é a maior pedra do mundo. E abaixo dela fica a cidade com 21 mil habitantes. A maioria deles nasceu pelas mãos de um médico, que já realizou mais de 20 mil partos. Praticamente, ele deu a luz à cidade da pedra.
Ele continua trabalhando, aos 81 anos de idade. Ainda usa um pequeno sino para chamar a assistente. A doméstica Suelene Barbosa espera o seu segundo filho. "Ele é uma pessoa experiente, uma pessoa boa. Eu já nasci pelas mãos dele", explica ela.
O segundo expediente do doutor Ezequiel é no hospital da cidade, ao lado da sua casa. E por onde ele passa, há alguém que foi salvo por ele. "Eu praticamente quase nasci com paralisia cerebral. Passei um pouquinho do tempo, mas graças a ele eu nasci em perfeitas condições", conta a fisioterapeuta Mileide Soares.
Um ex-marido ciumento deu uma facada que atingiu o coração de Maria do Carmo da Conceição: "O doutor pegou meu coração, botou na mão e ficou funcionando na mão dele. Aí colocou de novo, deu uns pontinhos e eu vivi, graças a Deus".
Emocionantes também são os depoimentos das mães, que recorreram ao médico salvador.
A aposentada Maria Rosália Magalhães relembra: "Eu tenho uma filha já com 50 anos que foi nascida pelas mãos dele. Foi logo quando ele chegou aqui. E depois ainda tive mais cinco filhos por ele. Meus netos, já não tenho nem a conta, porque eu tenho doze netos e quase todos foram ele".
"Para mim é Deus no céu e ele na terra. Salvou um bocado de filho meu que adoecia", diz a dona de casa Hilda Gomes.
A auxiliar de enfermagem que trabalha com doutor Ezequiel há 48 anos, Terezinha Leal, tem uma estatística que comprova: só no ano de 1995 ele realizou 445 partos. Ela defende: "Ele é um herói, porque foi quem cuidou desse povo todinho dessa cidade". Os cinco filhos, quatorze netos e um bisneto, também nasceram pelas mãos do doutor Ezequiel.
A esposa do médico, Socorro Braz Macedo, se gaba: "Ele é o máximo como marido, como pai, como médico, como amigo, como companheiro. Enfim, é uma criatura ideal".
Um dos filhos segue o caminho do pai pelos corredores do hospital. "Houve um tempo nessa região que nem ambulância existia. E que meu pai ia a cavalo, com todo instrumental, realizar partos. Muitas vezes, em períodos de chuvas, atravessando os rios, atravessando montanhas", conta Guilherme Braz Macedo.
Emocionado, doutor Ezequiel relembra o passado: "Eu era o único médico deste hospital e não tinha para quem apelar, a não ser para Deus. E tinha que resolver partos, resolver tiros, resolver facadas. Tinha que resolver toda a urgência da medicina".
Por tudo que fez na cidade, pela dedicação dos filhos em cada parto, as mães de Pedra o consideram São Ezequiel, o Santo da Pedra!
Nasce mais uma criança no sertão de Pernambuco. Uma rotina na vida do doutor Ezequiel Braz Macedo. "Me sinto feliz por estar fazendo alguém feliz”, diz ele.
O “pai herói”, como é conhecido, chegou ao sertão como médico recém-formado há 51 anos. Um médico no local era a maior novidade. Mesmo com muitas dificuldades ele fincou raízes no solo rochoso da terra sertaneja.
Os moradores da cidade de Pedra dizem que uma pedra gigante, com 3.800 metros de diâmetro e mais de 100 metros de altura, é a maior pedra do mundo. E abaixo dela fica a cidade com 21 mil habitantes. A maioria deles nasceu pelas mãos de um médico, que já realizou mais de 20 mil partos. Praticamente, ele deu a luz à cidade da pedra.
Ele continua trabalhando, aos 81 anos de idade. Ainda usa um pequeno sino para chamar a assistente. A doméstica Suelene Barbosa espera o seu segundo filho. "Ele é uma pessoa experiente, uma pessoa boa. Eu já nasci pelas mãos dele", explica ela.
O segundo expediente do doutor Ezequiel é no hospital da cidade, ao lado da sua casa. E por onde ele passa, há alguém que foi salvo por ele. "Eu praticamente quase nasci com paralisia cerebral. Passei um pouquinho do tempo, mas graças a ele eu nasci em perfeitas condições", conta a fisioterapeuta Mileide Soares.
Um ex-marido ciumento deu uma facada que atingiu o coração de Maria do Carmo da Conceição: "O doutor pegou meu coração, botou na mão e ficou funcionando na mão dele. Aí colocou de novo, deu uns pontinhos e eu vivi, graças a Deus".
Emocionantes também são os depoimentos das mães, que recorreram ao médico salvador.
A aposentada Maria Rosália Magalhães relembra: "Eu tenho uma filha já com 50 anos que foi nascida pelas mãos dele. Foi logo quando ele chegou aqui. E depois ainda tive mais cinco filhos por ele. Meus netos, já não tenho nem a conta, porque eu tenho doze netos e quase todos foram ele".
"Para mim é Deus no céu e ele na terra. Salvou um bocado de filho meu que adoecia", diz a dona de casa Hilda Gomes.
A auxiliar de enfermagem que trabalha com doutor Ezequiel há 48 anos, Terezinha Leal, tem uma estatística que comprova: só no ano de 1995 ele realizou 445 partos. Ela defende: "Ele é um herói, porque foi quem cuidou desse povo todinho dessa cidade". Os cinco filhos, quatorze netos e um bisneto, também nasceram pelas mãos do doutor Ezequiel.
A esposa do médico, Socorro Braz Macedo, se gaba: "Ele é o máximo como marido, como pai, como médico, como amigo, como companheiro. Enfim, é uma criatura ideal".
Um dos filhos segue o caminho do pai pelos corredores do hospital. "Houve um tempo nessa região que nem ambulância existia. E que meu pai ia a cavalo, com todo instrumental, realizar partos. Muitas vezes, em períodos de chuvas, atravessando os rios, atravessando montanhas", conta Guilherme Braz Macedo.
Emocionado, doutor Ezequiel relembra o passado: "Eu era o único médico deste hospital e não tinha para quem apelar, a não ser para Deus. E tinha que resolver partos, resolver tiros, resolver facadas. Tinha que resolver toda a urgência da medicina".
Por tudo que fez na cidade, pela dedicação dos filhos em cada parto, as mães de Pedra o consideram São Ezequiel, o Santo da Pedra!
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